terça-feira, 11 de agosto de 2009

The Who - Won't get fooled again

Que dia bem artístico foi o meu! A parte do almoço foi boa, papear com as gurias é sempre bom, principalmente quando o tempo bom favorece. Aliás, não só nisso ele ajudou. Eu cheguei em casa e pensei: tenho que estudar. Depois eu pensei: aah, hoje não. Mas então, foi aí que o solzinho ajudou, me fui pro jardim e sentei no chão pra desenhar, com The Who tocando no volume quasemáximo nos meus fones. Sensação bem relaxante, diga-se de passagem. No final das contas eu gostei de um dos meus rabiscos que são, supostamente, desenhos e fiquei afim de continuar. Passei então pra usar tinta e uma tela, e o resultado ficou interessante. Acho que sentar na frente de um cavalete é relaxante também. Talvez mais emocionante até, não sei explicar muito bem, mas me lembra de quando eu era bem piá e ficava na volta da mãe enquanto ela fazia suas esculturas e pintava uns quadros bacanas, eu realmente não tenho tanto talento quanto ela tinha, mas com certeza eu me divirto o suficiente pra valer a pena. :]
Bom, mas não bom o bastante pra mim hoje. Eu precisava fazer mais alguma coisa, e me envolver com tintas e tal me fez pensar em outra coisa: a parede do meu quarto. Ela precisava ser repintada e eu não pensei duas vezes... na verdade eu mal pensei uma, mas não faz diferença. O fato é que eu peguei um pincel, uma lata de tinta e mandei ver na parede. Foi divertido, é claro. Talvez eu seja meio simples mesmo, me distraio com esse tipo de coisa tranquilamente, e adoro. :)

domingo, 9 de agosto de 2009

Queen - Hammer to Fall

Frio de Pelotas caindo sobre ele. O cara andava da rua na maior pressa, sem ver direito o que ou quem passava por ele. Ou será que ele prestava mais atenção do que todos? Difícil dizer. Mas parecia que ele andava contra o vento, ou melhor, contra o tempo, como se o destino final fosse o ápice de sua vidinha simples. E ele mal podia esperar para chegar lá. Seria tão bom assim?
Ao mesmo tempo que tinha pressa, tinha medo. Tá, medo é pouco, o cara tava apavorado! Mas a corrida continuava, como se fosse correndo diretamente para uma sessão de tortura, com a maior ansiedade possível. Sem masoquismo, talvez ele fosse meio doido mesmo, quem sabe? E por que não ser? Por que ele deveria ficar em casa assistindo televisão e comendo uma bela comida requentada, como em todos os outros dias? Por que ele esperaria enquanto a vida passasse por ele como um borrão? Não, hoje foi diferente. Ele se moveu de modo diferente. Ele sentiu uma vibração diferente.
Observando um pouco mais atentamente, era possível perceber que havia algum tempo em que não sentia uma pontada de emoção pelos seus dias. Fosse por isso que ele estava correndo tão avidamente (sim, agora corria!) ou não, a cena era realmente curiosa, afinal, sua gravata estava totalmente retorcida, e quem ligava se os sapatos novos se estragavam pela nova chuva? Sim, o pequeno brilho lunático que começava a se estampar em seu rosto também era evidente, mas as pessoas realmente estavam reparando? Achei estranho que não estivessem, quando a cena era tão intrigante. Hum, só pra mim era desse jeito?
Outro fato que foi reparado por mim foi a pequena folha de papel rasgado em sua mão, já meio molhado pela fina chuva. O papel não somente estava em sua mão, mas parecia pregada nele, ou melhor, o homem estava pregado nela. É, parece uma melhor descrição assim. Da distância a qual eu estava, era impossível ler o que estava escrito na folha, mas parecia um bilhete, possivelmente escrito as pressas, possivelmente solucionador. Possivelmente uma mensagem que deu lugar à epifania do lunático homem. Eu não tinha muitas certezas ao analisar a cena, mas uma das poucas era que o tal bilhete era a causa da pressa.
A curiosidade continuava tomando conta, até que a figura começou a diminuir o passo. Passou pela minha cabeça que talvez ele estivesse cansado, mas táo rápido quanto a idéia veio, foi embora: ele não pararia até atingir seu objetivo, o cansaço não se comparava à sua euforia maníaca. O fato era que ele estava chegando ao seu destino. E eu fiquei perplexa, qual era o destino afinal? A cena podia ser banal para o resto do mundo, mas me deixou com uma curiosa percepção. A sede de chegar, de conseguir, de mudar. A vontade louca e o real sentido. O objetivo sem dúvidas. A concentração que parecia poder transbordar a qualquer momento. Isso me deixou sem nenhuma opção a não ser assistir o epílogo da breve situação que, mesmo sendo rápida, era intensa.
Eu não havia reparado no lugar onde tínhamos chegado. Mas agora eu percebi que era como um terreno abandonado. O lugar era verde. Tinha um quê de leveza no fim da corrida, talvez a sensação de dever cumprido. Um suspiro rápido e profundo que saiu do corpo do homem pareceu libertá-lo um pouco. Me pareceu um pouco (totalmente) estranho que ele não tenha notado a minha presença durante todo esse tempo, mas afinal, do que importava?
Ele se ajoelhou. Olhou para algo que eu não pude identificar, graças à claridade que vinha com o fim da chuva. Ele sorriu, e então havia paz em seu rosto.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Neil Young - My, my, hey, hey

Que chato isso de começar o post de novo falando sobre o tempo, mas hoje é sobre uma parte mais positiva então já era.
Hoje foi uma ótima comprovação de que o meu humor varia, sim, de acordo com o tempo. Não que quando o dia é feio eu esteja necessariamente em uma tristeza profunda, é óbvio, mas mesmo assim. Ontem o clima tava péssimo e eu consegui aproveitar, mas não é sempre assim.
Em todo o caso, hoje foi um dia diferente, um dia muito bom, embora eu não tenha feito nada de diferente. Dormi até a metade da manhã e, com a maior calma do mundo fui abrindo os olhos. E cara, quando eu vi que tinham vários raios de sol entrando no meu quarto, quando eu achei que ia estar chovendo como ontem, até abri um sorriso. O que é maior prova do mundo de que hoje seria um bom dia, afinal, eu sou meio rabugenta quando eu acordo...fato. Me levantei, e fui pra sala com o pai e a Cissa, que obviamente acharam estranho eu estar "tão acordada".
Mas sei lá, minha tarde foi normal sabe, li um pouquinho, tomei banho, olhei o orkut e o twitter. Mas tudo de bom humor, e com real vontade de fazer as coisas mais banais. Até no Yôga, eu tava super concentrada e com ânimo pra praticar. E hoje eu quase consegui fazer o sírshásana, mais um pouco de equilíbrio e ele sai :)
Dias de bem com a vida são MARA.

domingo, 2 de agosto de 2009

Elvis Costello - She

Diazinho com tempo bem ordinário. Ventão e chuva fininha, daquela que só gera umidade e frio. Céu nublado, sem um único raio de sol, escuro. Dia com cheiro de banheiro depois de um banho de meia hora com a água o mais quente possível, ruim pra respirar.
Ou seja, o dia tinha todo o potencial possível pra ser passado no ócio, ser passado em casa. No máximo ler alguma coisa ou ficar rateando pelo computador, comer e dormir. Eu já tava me preparando pra isso e, pra começar, vim pra internet, ver quem tava por aqui pra papear.
Pois é, não fiquei em casa. Acabei indo pra casa do Gabriel com os guris...e a Laura. AIOEUO
Programa bem simples, comer alguma coisa e jogar play. Já é, adoro esse tipo de coisa, que a gente se junta pra "fazer nada". Só pra jogar conversa fora, falar bobagem e se divertir do jeito mais simples que existe. Bom, alguns minutos depois que a gente chegou lá faltou luz. Culpa do tempinho ordinário, como eu disse. Então...sem play pra galera jogar winning eleven. Mas quem precisa de video game pra passar o tempo? Abrimos os biscoitinhos de sabores mais bizarros e chinelos que tínhamos comprado, na esperança de que fosse algo realmente gostoso, sentamos no chão à luz de duas velas e pronto. Tá, no meio da situação eu fiz umas pipocas, por que aqueles biscoitos tavam o Ó.
A questão é que, cara, a gente precisa de muito pouco pra ser feliz, sabe? E eu fico tri feliz de ser assim, e de ter essas oportunidades. De ficar com os amigos sem motivo e curtir um momento só pelo fato de estar ali.
E cara, eu agradeço um monte pelos amigos que eu tenho, por que eles são únicos meesmo. E sei lá, não é pra qualquer um. :)
E claro, a noite terminou com uma boa janta, pessoal falando merda na mesa. ADORO essas refeições com os amigos. Meu, tem coisa melhor do que ficar com quem se gosta? :)